Porque você ainda apoia o presidente

Imagem: pronunciamento presidente Jair Bolsonaro em rede nacional | Isac Nóbrega/PR | Flickr Palácio do Planalto

Faz tempo que quero compartilhar essa análise simples e muito pessoal no blog, mas o meu desafio era deixar essa leitura o mais leve, acessível e fácil possível. Eu tenho essa preocupação porque acho que a linguagem usada pelo presidente Bolsonaro é extremamente acessível, e faz com que muita gente se identifique com o “jeitão simples” dele. Isso também é parte do problema, e a gente não combate essa questão, nem alcança as pessoas que podemos (e devemos) alcançar, falando difícil. Então, esse texto cheio de subtítulos, talvez possa ser compartilhado com aquela pessoa pra quem você quer tanto explicar o seus motivos para reprovar o Bolsonaro.

Os conteúdos abaixo trazem análises fáceis de entender, sem serem agressivas, e sem usar a Globo, Folha, Estadão, e outros veículos da grande imprensa como fonte. No final do texto eu explico o motivo de ter feito isso.

Últimos acontecimentos: Bolsonaro e Moro

Se você está em dúvida sobre o que aconteceu, segue um resumo: Sérgio Moro, o até então Ministro da Justiça se demitiu do cargo. Ele ficou conhecido durante a sua atuação na operação Lava-jato, que levou a prisão muitos políticos acusados de estarem envolvidos em esquemas de corrupção, incluindo o ex-presidente Lula. Isso fez com que ele virasse um grande herói anti-corrupção. Acontece que ele só conseguiu levar adiante a operação de investigação da Polícia Federal, por conta da independência que tinham para trabalhar, ou seja, não havia interferência do governo (e dos investigados), no processo que ele estava tocando. Moro se demite agora, afirmando que, quando ele assumiu o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, foi prometido para ele que a independência da Polícia Federal para investigar e combater corrupção se manteria, porém, ao contrário do prometido, Bolsonaro (a maior autoridade do governo), estaria interferindo nas investigações, inclusive pedindo para mudar o diretor-geral da Polícia Federal, o Maurício Leite Valeixo, sem um motivo aparente. Bolsonaro por sua vez, nega as interferências e alega que Moro queria ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Moro nega. Isso é um resumo sem detalhes. Se você quiser ler mais sobre os detalhes do caso em um veículo que não é a Globo, eu indico duas matérias do Nexo Jornal, que apresentam a situação: As acusações de Moro contra Bolsonaro ao deixar o governo, de Cesar Gaglioni, e Como Bolsonaro tenta constranger Moro ao responder a acusações, de Isabela Cruz.

Bolsonaro é um herói traído?

Com a saída do Ministro da Saúde, o Luiz Henrique Mandetta, e a saída do Ministro da Justiça, o Moro, muita gente tem defendido o discurso de que Bolsonaro é um herói traído e que seus próprios aliados estão querendo derrubá-lo. Essa ideia é fortalecida quando a gente olha para a quantidade de políticos que apoiaram o Bolsonaro na campanha, e que se tornaram críticos dele: Joice Hasselmann, Janaina Paschoal, Alexandre Frota, João Dória (e mais governadores), e muitos outros. Essa afirmação vem carregada de outras parecidas com as que listo abaixo:

  1. Bolsonaro está mexendo no podre da política, então quem está deixando de apoiar o presidente, está com medo de perder favores políticos com os quais o presidente não concorda. O presidente está sempre certo;
  2. Bolsonaro é um homem de Deus, e as forças das trevas vão tentar derrubá-lo, pois o país nunca teve um presidente declaradamente cristão;
  3. A mídia perdeu poder no governo Bolsonaro, e por isso essa imprensa quer derrubar ele. Não podemos confiar na imprensa.

Se você se identificou com alguma dessas falas, ou já viu alguma delas serem defendidas por alguém próximo à você, provavelmente você já falou, ou viu essa pessoa falar que é uma “questão de opinião”. Vamos fazer a leitura de uma por uma?

1. Bolsonaro está mexendo no podre da política, então quem está deixando de apoiar o presidente, está com medo de perder favores políticos com os quais o presidente não concorda. O presidente está sempre certo.

Quando a gente olha para a política e defende, quase que com exclusividade uma única pessoa, não é saudável. Se você faz essa defesa ao Bolsonaro independente das denúncias, provavelmente não é a favor das pessoas que defendem o Lula independente de todos os processos nos quais ele foi acusado, certo? Caso você ache errado alguém defender o Lula incondicionalmente, entendo que não deveria defender o Bolsonaro da mesma forma, quando vê pessoas do próprio governo deixando o cargo. É necessário avaliar o motivo, ou às vezes até a acusação apresentada. Se você não consegue dar atenção para as acusações das pessoas que antes apoiavam o governo, mesmo que seja apenas para verificar se é verdade, é possível que você esteja agindo como quem defende o Lula, e você reprova isso. Antes de ser fiel ao Bolsonaro, ao Lula, ou a qualquer pessoa, é necessário ser fiel a si, e não reproduzir comportamentos que reprovamos, até para não sermos incoerentes.

2. Bolsonaro é um homem de Deus, e as forças das trevas vão tentar derrubá-lo, pois o país nunca teve um presidente declaradamente cristão.

Eu concordo que é bom que um presidente, ou qualquer líder, compartilhe dos valores que aprendemos na bíblia. Não vou entrar na questão se esse é ou não o caso do Bolsonaro, mas vou defender que essa mistura é muito negativa para todas as pessoas envolvidas nela. A igreja evangélica não pode controlar as decisões políticas. Ela é um grupo da sociedade, mas em uma democracia, todos os grupos da sociedade devem ser representados com igualdade para que se chegue mais perto da justiça, ou seja, todas as religiões devem ser respeitadas e consideradas, mas nenhuma pode estar acima de outra no país. Sim, um presidente pode professar sua fé, frequentar sua igreja e deixar claro qual é a sua religião, no entanto, pense no quão incomodado um cristão ficaria com um presidente constantemente sendo defendido como “uma resposta dos orixás”. Imagine que o presidente declarasse que vai indicar um ministro para o STF terrivelmente espírita. Isso não aconteceu, mas aconteceu de Bolsonaro afirmar que indicaria um ministro “terrivelmente evangélico” para o cargo. Está completamente equivocado tratar o país, ou embasar nossa opinião política, pela ótica de uma única religião, e entendo que a igreja não pode aceitar de bom grado e calada essa oferta. Talvez você até concorde com essa lógica, mas entenda que, mesmo assim, a igreja pode tratar o presidente como resposta de Deus enquanto ele respeita o estado laico e trata todas as religiões com igualdade. Se você é religioso e defende essa tese, faça o exercício de buscar a base bíblica para ela. O máximo que encontrei, é para que oremos pelas pessoas que tem algum cargo (todas elas, de todos os partidos), e que essa oração seja específica: … para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. 1 Timóteo 2:2. Não é uma oração onde se pede para que se tenha ou se mantenha, uma pessoa específica no poder como resposta de Deus. A resposta é Cristo, e Cristo usa a igreja. Não usa um ou outro político. Usa a igreja. Não se consagra políticos, mas pastores e pastoras, evangelistas e outras pessoas para a obra. Isso nos dá liberdade religiosa e responsabilidade para missão. A missão é da igreja, não dos poderes políticos.

3. A mídia perdeu poder no governo Bolsonaro, e por isso essa imprensa quer derrubar ele. Não podemos confiar na imprensa;

Eu entendo quem não gosta da Globo. Não vou entrar na questão, mas vou falar sobre o perigo dessa teoria acima. Quando você diz “eu não acredito na imprensa”, é preciso se perguntar por onde você se informa. Se é por sites ou revistas de jornalismo independente, ótimo. Se é pelo Whatsapp, Facebook, ou outras redes sociais que não exigem um trabalho jornalístico, você corre um sério risco de estar entre as pessoas que fazem com que a fábrica de notícias falsas continue em circulação. Você não precisa se informar com a Globo, Folha, Estadão ou veículos que você considera manipuladores ou partidários. Particularmente, eu acho que você perde muito pensando assim, pois essas empresas de comunicação trabalham com regras rígidas para que a notícia seja dada de forma correta. Elas não estão contra o presidente, ainda que ele insista nesse discurso. Infelizmente, o presidente tem se envolvido em muitas crises políticas, e por isso há tantas notícias negativas sobre ele, mas há muitos lugares onde você pode ver essas mesmas notícias de uma forma mais neutra, fora do Whatsapp e outras redes sociais onde, repito, você poderá ser usado como multiplicador de notícias falsas, o que na minha opinião, deveria sim crime e gerar uma multa, mesmo que mínima, a cada compartilhamento, de tão nocivo que é. Há um estudo chamado “A percepção da mídia hostil”, de Robert P. Vallone, Lee Ross, e Mark R. Lepper, que eu indico muito. Leia mais sobre esse tema aqui. Ele basicamente analisa como as pessoas mais engajadas veem os grandes veículos de comunicação quando eles noticiam algum assunto, ainda que de forma neutra. Uma pessoa apaixonadamente petista, por exemplo, ao ver uma notícia sobre o Lula no Jornal Nacional, pode entender que o telejornal está sendo muito crítico com Lula ao tratar o tema, enquanto uma pessoa que odeia o Lula e o PT, analise que a mesma reportagem está encobrindo o petista. Todos nós podemos passar por isso, e temos três opções: correr pra internet pra procurar e compartilhar memes que apoiem nosso modo de pensar; verificar a informação pra falar sobre o assunto com base em fatos reais e pesquisados com seriedade; ou nos calar. Você com certeza sabe o que é errado fazer.

Quando eu afirmo que ao se posicionar contra a mídia você pode ser usado por outros grupos para espalhar notícias falsas, estou sendo muito realista. Isso pode acontecer independente do seu grau de instrução, mas eu realmente acredito que a maioria das pessoas não fazem isso por mal.

Recentemente eu fiz um teste, e comentei em três notícias falsas no meu Facebook, conscientizando as pessoas que elas haviam compartilhado um conteúdo “fake news”. Uma delas curtiu a correção, outra ignorou, e outra apagou a postagem. Nenhuma defendeu, o que me faz pensar que esse constrangimento é necessário.

É necessário ajudar as pessoas a pararem de defender o presidente cegamente. Se ele estiver correto, você não precisará de memes, nem de notícias falsas para defendê-lo. Os políticos vítimas de processos tendenciosos, conseguem ser defendidos de forma coerente, sem transformar a mídia na vilã.

A Polícia Federal está investigando, por exemplo, o filho do Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, por disparo de notícias falsas a favor do presidente. Leia aqui. Esse pode ser inclusive, um dos motivos que fez com que Bolsonoro quisesse trocar o diretor-geral da PF. Se isso for comprovado, você vai pode continuar acreditando que Bolsonaro é um homem de caráter incorruptível? Que é escolhido por Deus? Que a mídia quer o derrubar?

Se sim, temos um problema, você não acha?

Indicações

Termino esse texto indicando alguns veículos diferentes dos mais conhecidos na grande imprensa para que você tenha alternativa de informação. Não são veículos partidários, como Mídia Ninja e Jornalistas Livres, que eu inclusive acompanho. São veículos que fazem um jornalismo independente e não partidário, que podem te ajudar muitíssimo a se manter coerente nesses tempos difíceis.

A pública
Fundada em 2011 por repórteres mulheres, a Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil.

Nexo Jornal
Nexo é um jornal digital, lançado em novembro de 2015, com o objetivo de trazer contexto às notícias e ampliar o acesso a dados e estatísticas.

Aos Fatos
Aos Fatos conta com um time de jornalistas, designers e programadores para checar o que é real na política e conduzir projetos de impacto, como criar bots contra a desinformação e contabilizar declarações falsas e distorcidas do presidente.

Opinião

Eu não acho que o Moro está trabalhando apenas para salvar o país e acho reprovável a sua postura, mesmo defendendo algo que concordo, que é a independência da PF para investigar. Reprovo a história política do Mandetta, apesar de considerar o trabalho dele como Ministro da Saúde bom em meio a pandemia. Até hoje não sei se o Lula é inocente, por entender que o processo contra ele foi político e cheio de falhas. Mas na minha avaliação, o que precisa ser urgentemente corrigido, é a incoerência de termos essa quantidade enorme de pessoas que seguem defendendo cegamente o presidente, seus filhos e sua política. Parar isso é o primeiro passo para se parar essa loucura de proporções assustadoras chamada Bolsonaro. A maioria não é “gado”, não é má. Mas eu não sei te dizer o que é. Por que você ainda apoia o presidente?

31 comentário em “Porque você ainda apoia o presidente

  1. Prezada Sara,
    Em tempos de tantas notícias controversas , algo me chamou atenção na sua explanação. Me refiro ao legítimo ato da escrita sem aspas. Suas citações de fontes para agregar informações são pertinentes ao momento. A linguagem usada de forma simples e objetiva faz qualquer iletrado entender, mesmo que não traduzida à fonética. Hoje posso dizer que acordei e li algo tão sublime quanto os pensamentos da autora. Parabéns pelo trabalho investigativo exposto topicamente.

  2. Vitória Silva
    27/04/2020 23.45
    Adorei a reportagem, acompanho notícias nos veículos de comunicação
    sobre a política do nosso país e estou chocada com a idolatria ao Presidente que se acha o todo poderoso:eu faço,eu posso,eu mando etc…
    e após este conteúdo ,espero não demorar a cair de vez a mascara .

  3. Por que você ainda apoia o presidente?
    Tenho refeito essa pergunta diversas vezes ao analisar a alienação das pessoas, a crença cega e desinteligente em todas as asneiras que o homem sentado na cadeira do poder diz.
    Não voto a 17 anos. Não morro por esquerda, direita ou coloco minha mão no fogo por político algum. Nunca tive notícia de um político que pensasse no povo e tivesse atitudes que condiz com isso.
    Esse tempo de Pandemia tenho sentido uma vergonha desconcertante pelo fato do mundo assistir de camarote toda essa ignorância do Bolsonaro. O homem é louco. Era necessário um atestado de sanidade, algum tipo de exame que comprovasse que definitivamente essa pessoa não pode ser normal.
    E aos que dizem que ele é enviado de Deus, me questiono…qual deus?
    Porquê se for, deve ser um deus bastante preconceituoso, insensível, maldoso, sem amor algum por sua criação.
    Tenho dúvidas se existe algo de humano nele, o cara está possívelmente infectado e sai por aí contaminando crianças e quem mais tem o azar de cruzar seu caminho. E a insensibilidade? É de cortar o coração, tanta gente morrendo (nossa gente) e o cara não respeita nem a dor das perdas…

    1. Eu sou.pelo Brasil,o povo.merece um.presidente corrupto,que faça todos de idiota,pois um cara que quer o.melhor pro Brasil desde que entrou só leva chumbo,e melhor julgar do que tentar entender,palhaçada do.moro que tem como.tio o.alkimim,realmente e de esquerda, e até agora as provas do moro sao fracas sem provas,moro deu um tiro.no pé,quero que os militares assumam o.poder.

      1. Boa colocação marcia , o estranho e que a senhora sara nao te deu o Obrigado por vc perder seu tempo ao ler essa palhaçada mais eu venho em nome de milhões de brasileiros te dar os parabéns

  4. Olá Sara, hoje ao fazer uma busca com os longos dizeres “Por que insistir em saber o resultado do exame de Bolsonaro?” tive a grata surpresa de encontrar seu texto. Me fez refletir pois apesar de ser contra o Presidente Bolsonaro, principalmente devido as suas falas meio que autoritárias, acho errado eu tentar também defender o Lula. Eu sinceramente parei um pouco de falar de política porque essa polarização acaba com famílias e amigos, mas gosto de ler sobre o assunto e gostei das suas sugestões para busca de informações. Obrigado!

  5. Sara, sensacional. Não me considero de direita, nem de esquerda, muito menos centrão ou “em cima do muro”. Sou um cidadão, defendo a democracia e sou a favor de uma economia aberta. Acredito e confio em Deus. Sou um cara família, curto e defendo a minha. Gosto de disciplina. Gosto de trabalhar. Também gosto de me divertir, gosto de música (rock), cultura (teatro, cinema e museus), artes e história (pré historica, antiga e sobre guerras). Acredito que no respeito ao meu espaço e ao espaço alheio e é por isso que muita coisa veiculada abertamente e sem pudor pela mídia me incomoda, afinal tenho uma filhinha pequena e acho que tudo tem a sua hora de ser visto. Contextualizei de forma genérica o meu perfil apenas para dizer que concordo em gênero, número e grau com seu texto e que tenho muita dificuldade em defender este ponto de vista. Ultimamente parece que a gente não pode acreditar e apoiar AÇÕES, temos que apoiar PESSOAS e, como você, acho qur não é por aí. Eu gostei muito do Bolsa Família, nem por isso sou Petista, também gostei muito do Bolsonaro não criar um ministério em troca de apoio, achei sensacional ele quebrar este comportamento político, mas nem por isso sou Bolsonarista. Eu apoio quem foi eleito. Já votei no Collor, no Lula, na Dillma e no Bolsonoro, mas nunca levantei bandeira por nenhum deles, muito pelo contrário, ao dar meu voto eu procuro é ficar atento, ficar de olho, fiscalizar, cobrar pois eu quero é ver o Brasil ir pra frente. Te agradeço por compartilhar e estou guardando este seu texto para mostrar para algumas pessoas e ver se conseguimos conversar sob uma ótica mais racional e menos passional, mais objetiva e colaborativa e menos colérica e às vezes até histérica. Eu acredito que TODOS nós queremos que o Brasil dê certo. Temos é que nos unir e respeitarmos as nossas diferenças em prol de um bem comum, que é fiscalizar quem elegemos para que eles façam coisas boas acontecerem. Essa dicotomia é péssima, e nos afasta muito do foco. O seu texto ajuda muito a mostrar que esta dicotomia não faz sentido e que podemos e devemos ser mais racionais na busca por discussões saudáveis e nos levem o mais próximo que pudermos à verdadeira percepção da realidade, pois do jeito que está temos situações que beiram a loucura, a insanidade, justamente por não ter diálogo construtivo. Obrigado pela excelente colocação!

    1. Oi Daniel! Que legal você ter falado um pouco sobre o seu perfil. Me deixou feliz ver que o texto alcançou e ajudou pessoas coerentes como você. Concordo que a fórmula de votar + fiscalizar, respeitando as diferenças, é infinitamente melhor do que qualquer outra. Muito obrigada pelo seu comentário e espero que o texto te ajude nas futuras discussões. Abraço!

  6. Foi o texto mais claro, lúcido e tocante que li até agora sobre essa loucura política que tem acometido nosso país.
    Encantada!! 👏👏👏🥰 Meus mais sinceros parabéns!

  7. Prezada escritora
    Meu elogios à sua forma de esplicação detalhada, mas a escolha de votar no presidente vai muito além de seus gostos ou defeitos. Não é pelo fato de ser cristão ou simplesmente ser oposiçionista de direita. Não sei qual é a sua idade ou desde quando você acompanha de fato a política, mas desde a constituição de 1988, nunca se viu um processo democrático tão complicado como o do Brasil. Eleições manchadas pela corrupção em todas as esferas institucionais. Presidentes envolvidos até o pescoço com “esquemas” dos mais absurdos. Uma Suprema Corte atuando de forma política, rasgando a carta magna debaixo dos narizes de todo um povo, como o “acordão” entre o então presidente do senado na época, senador Renan Calheiros e o ministro do STF, Ricardo Lewandowschi, sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Gostaria mesmo de enxergar na prática, essas “regras rígidas” citadas no seu texto, nos grandes veículos de imprensa, como a Globo, Estadão, Folha, Etc… Não é preciso ser especialista no assunto para identificar a manipulação explícita de notícias. Quem se preocupa mesmo com a busca pela verdade, sabe que é possível transmiti-la em versões diferentes. Não se trata de ” cegueira”, mas sim, de querer dar um basta na palhaçada institucional no que se transformou o nosso país. Prestar atenção a opiniões pessoais ou individuais exploradas pela “extrema imprensa” é perder um tempo precioso que poderia ser usado para buscar a verdade do que realmente é importante: o que está sendo feito pelo Brasil. Respeito a Constituição e a eleição legítima de um Mandatário que teve 57 milhões de votos nas urnas. Me conforta saber que sua ficha está limpa, ao contrário da grande maioria de seus opositores. Acusações veiculadas contra ele nem se comparam com a de seus antecessores. Sua eleição simboliza o fim de uma cultura que fez o Brasil passar a ser conhecido no exterior não mais como o país do futebol, do carnaval, mas sim, o país da corrupção. Não são 57 milhões de ” gado”, mas de pessoas que abriram seus olhos para o que realmente aconteceu nesse país nos últimos 30 anos. Tenho esperança de ainda ver o Brasil se tornar uma democracia forte, com instituições sérias e realmente voltadas para o que realmente importa: o povo. Sem demagogia, nem palavras mansas para alegrar interesses individuais de “alguns grupos”. Uma nação que não se deixa enganar por ” malabaristas da informação” e buscam realmente a verdade dos fatos.

    1. Oi Anderson. Obrigada por seu comentário. Não sei se leu o texto todo, mas indico fontes alternativas de notícia nele, exatamente para quem tem esse “pé atrás” com a grande imprensa. Espero que te ajude em consultas sobre os processos nos quais o presidente está envolvido. Com relação a história política do nosso país, concordo que infelizmente nada mudou e que é necessário uma reforma urgente, até para que os mecanismos que favorecem a corrupção sejam eliminados, ao invés de serem utilizados por todos os últimos gestores, inclusive pelo atual e pelos filhos dele. Abraço.

      1. Olá Sara, parabéns por sua iniciativa, porém só peço (quase implorando) que não desista, por pressão ou pessoas que vão tentar desmotiva-la a prosseguir. Precisamos sair desta treva revestida de luz. E até brinco:
        O falso profeta que se possível enganaria aos escolhidos.
        Nosso povo está morrendo na fila de espera dos hospitais e na humilhação da expectativa de seu auxílio emergencial. Num país que vem a cada ano mergulhado no desemprego.

        1. Olá, Marcio. Sim, o cenário é muito desmotivador mesmo. Não penso em desistir, e acho que não deveria ser uma opção para nós, mesmo quando cansados. Quanto menos gente em silêncio e do lado do bom senso melhor né? rs Obrigada pelo seu comentário e apoio. Abraço!

  8. Porque eu apoio o Presidente Bolsonaro?Me diga qual o nome no momento que representa a Democracia e a Constituição Brasileira? Querem calar o Presidente …provocam ele de todas as formas…manchetes mentirosas…e o Presidente Bolsonaro tem que ficar calado diante de tudo isso? Lógico que ele erra com certeza… É impulsivo…mais eu ainda acredito no Presidente Bolsonaro…Se ele continuar nesse caminho…vai dar erro…Espero que ele consiga governar esse país como a Constituição Brasileira diz!

    1. Oi Luciana. Apesar de discordarmos sobre o caráter do presidente, achei seu posicionamento sensato. “É impulsivo […] Se ele continuar nesse caminho, vai dar erro”. Me preocupa mais quem não nota esses problemas. Sinceramente seria muito bacana vê-lo mudar completamente, mas não consigo imaginar essa possibilidade olhando para sua carreira política. De qualquer forma, que estejamos atentas e em defesa da Constituição e do povo. Abraço.

  9. Você é muito otimista.
    Em cada família brasileira há pelo menos um “Bolsonaro”, intolerante, preconceituoso e corrupto. Ele se comporta como o que há de pior no povo brasileiro e é por isso, ironicamente, que as pessoas o veem como um pai.
    A maioria do povo brasileiro é gado sim — não sei se é má, mas que busca urgente uma figura messiânica na política, com certeza.

    1. Oi Nesicha. Realmente essa busca de uma figura messiânica é um grande problema na nossa realidade, mas também foi na história e nós podemos ver que várias batalhas foram vencidas. Daí meu otimismo. rs Espero que de alguma forma você encontre esperança no meio do caos. Muito obrigada por compartilhar seu sentimento, acredito ser o de muitos. Grande abraço.

Deixe um comentário