Recomeços, maternidade e propósito: o que aprendi após deixar projetos pessoais em pausa

Se você for conferir, meu último texto sobre a vida aqui, aconteceu semanas antes do Arthur nascer. Hoje ele faz 2 anos e 2 meses, e eu não sei se você considera isso pouco ou muito tempo, mas foi o tempo que eu precisei (e escolhi) reservar para cuidar dele, da nossa família, do meu trabalho e de mim.

Nos últimos anos, vivi mudanças que mexeram com tudo por aqui. Aos 35, me tornei mãe do Arthur 💛; mudamos de casa (e ainda tem caixa para arrumar); saí de um bom emprego de 8 anos como CLT onde eu amei trabalhar, mas parou de fazer sentido para eles e para mim depois de mudanças da empresa, e mergulhei no mundo freelancer/autônoma — ainda como jornalista e tradutora, mas agora também com comunicação digital e infoprodutora (e sigo organizando essa nova fase, dia após dia).

Refiz meu LinkedIn, repensei meus caminhos profissionais e até amadureci meus pensamentos e responsabilidades nos ministérios da igreja. Para o LinkedIn contei com a ajuda de uma profissional incrível que me fez enxergar melhor minha bagagem e me direcionar muito melhor, a Cecília Novaes (que recomendo demais). Para a igreja precisei de uma ajuda maior, muito maior. Orar, ouvir, sentir as necessidades da minha comunidade, deixar os espaços que não faziam sentido para a minha vida agora e abraçar os que fazem, é e continuará sendo uma tarefa desafiadora, especialmente para alguém que, assim como eu, cresceu e continua na mesma igreja. Ajustes são mais difíceis que começar do zero, recomeçar em outro lugar, mas é o que estou escolhendo fazer.

Foi (e tem sido) um tempo de muitas pausas, redirecionamentos, ajustes e recomeços. E, nesse processo, alguns projetos pessoais ficaram em segundo plano — com intenção, mas também com saudade.

Depois de muito consumir conteúdos que faziam e não faziam sentido, e especialmente nos últimos dias, vendo posicionamentos questionáveis de pessoas presentes no digital, fez sentido voltar, na medida do possível, a publicar meus textos por aqui e nas minhas redes (tem link para elas aqui do lado). E não é sobre eu ser inquestionável, mas é sobre eu entender que muitos de nós, que sabemos trabalhar com comunicação e com o digital, e que temos algum senso de propósito saudável e bem embasado (seja na fé, na ciência, na ética ou no que for), ficamos por vezes em silêncio enquanto pregadores, influencers, ou profissionais irresponsáveis, ganham espaço e público.

Gerir o tempo para conseguir produzir o que quero é um grande desafio para mim. É um desafio para a classe trabalhadora (e mães) no geral. Mas sem pressão, a minha intenção e meu convite, é usar o tempo que for possível, para falar de coisas boas, inteligentes, e necessárias, nos espaços possíveis. Se faz sentido para você, fica o convite para fazer o mesmo.

E agora quero abrir esse espaço pra ouvir você também:

Você já deixou um projeto pessoal de lado por conta de uma grande mudança na vida? Me conta aqui nos comentários 📝 — quero saber quantas e quantos de nós estamos navegando (ou já navegamos) por essas águas de transformação. 💬✨

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